2/01/20
Algumas perguntas surgem para mim nesse momento que estamos tentando criar uma associação de unitário-universalistas no Brasil. Observo que existe uma grande sede por informações sobre uma religião que promova respeito por todas as religiões; respeito pela dignidade de todo ser humano sem distinção por raça, identidade sexual ou nível econômico; e respeito pela natureza, o meio-ambiente e pelos animais e plantas com quem compartilhamos a terra. Há muito interesse nessa religião que encoraja a busca existencial pelo significado da vida e que não impõe dogmas ou respostas já processadas. O importante é o processo e não só o produto da busca.
As minhas perguntas:
Qual é a diferença entre aquilo que acreditamos pessoalmente e aquilo que serve de base para uma congregação ou grupo religioso livre? Qual o papel das nossas crenças individuais como unitário-universalistas dentro de uma organização que apoia a nossa liberdade de pensamento?
Acho muito natural querer compartilhar aquilo que nos empolga. Naquele momento em que dizemos – É isto, Eureka, encontrei a verdade! – naturalmente queremos contar a outros o que descobrimos. Queremos conversar com outros que pensam como nós. Se tivermos a sorte de encontrar um grupo de dez ou quinze pessoas que aceitam o nosso modo de entender a verdade podemos formar uma congregação, uma igreja.
Percebo, porém, uma tendência preocupante –o estabelecimento, ou o desejo de estabelecer, grupos que refletem aquilo que o líder acredita. As respostas já vem prontas, seja o cristianismo, ou a política de esquerda, o budismo, o reike, ou o espiritismo. O indivíduo que encontrou no unitário-universalismo a liberdade para a sua própria busca pela verdade agora oferece aos amigos o resultado da sua busca em vez de oferecer a liberdade que ele próprio usufruiu. E quer chamar a sua verdade de unitaário-universalismo.
Uma associação poderia incluir grupos ou igrejas que se definem como cristãs ou budistas e adotam os princípios do uuismo, digamos, mas a associação teria que deixar bem claro que o unitário-universalismo não é a priori cristã ou budista.
Um aspecto das comunidades livres é a necessidade de compreensão e tolerância. O processo da formação de grupos e de associações exige paciência e delicadeza. O processo da manutenção de grupos e dos relacionamentos entre indivíduos e grupos exige honestidade e amor. E disciplina, traço fraco entre muitos livre-pensadores. Auto-disciplina – é o que recomendo a todos nós ante o trabalho magnífico que será o establecimento de uma entidade livre, honesta, compassiva e luminosa - a Associação Unitária-Universalista do Brasil, ou possivelmente, Luso-Brasileira, abrangendo todos os usuários da língua portuguesa.
a experiencia pessoal dos membros pode ser compartilhada sem que isto interfira na liberdade do grupo. quando um membro opina , ele ou ela, o esta fazendo para desabafar ou ao contrario , colocar luz, nas discussoes. isto nao significa que se ao colocar escuridao e trevas no seio do grupo nao sera respeitado. numa comunidade religiosa livre, isto eh o que espero. as opinioes num grupo que se baseia e principios como a paz mundial , a amizade e o respeito , a liberdade de crenca e os principios do universalismo , seja humanista ou nao, mais amplamente conhecendo agora como unitarismo, depende do entendimento mais abrangente possivel que permeie as crencas pre-estabelecidas e facam estas opinioes refletirem com…